Ano passado conheci num boteco no bairro em que moro, em São Paulo, um grupo de torcedores brasileiros que comandavam o Movimento Verde-Amarelo.
Na hora achei se tratar de um grupo político pelas camisas amarelas usadas nas manifestações de classe média, classe média/alta que pediram a saída da presidenta Dilma Rousseff. Não. Era um grupo, pelo que entendi, apartidário talvez, na verdade focado no futebol e na Seleção Brasileira, que criava cânticos e queria agitar a torcida canarinho na Copa da Rússia.
Estavam cansados daquele enfadonho grito de “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, que desanima até defunto.
Tinham inventado músicas e letras interessantes, publiquei até uma coluna sobre eles no “LANCE!”.
Estou acompanhando, de longe, a festa que estão fazendo na Rússia. Recepcionaram muito bem a Seleção ontem, animando os jogadores para a partida de amanhã, diante da Costa Rica, em São Petersburgo.
Espero que fiquem só nos cânticos, que são mesmo criativos e têm ganhado destaque na imprensa brasileira.
Espero que só fiquem nisso porque vídeos de brasileiros e sul-americanos humilhando garotas russas mancharam uma parte da Copa. E não venham dizer que os brasileiros estavam “só” brincando pois não é o caso. Foram sacanas, escrotos, misóginos, machistas, a pior face de um país que precisa urgente de mudanças. Porque está falido. E os mais pobres, como sempre, pagando a maior parte da conta. Triste Brasil, pobre país. Amanhã tem Costa Rica. E?
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