Muitos têm reclamado do que chamam de silêncio dos parceiros comerciais da CBF, mas pouco a pouco parece que eles começam a se movimentar e a exigir explicações da entidade, atolada em denúncias de corrupção.
Depois de a Gillette ter deixado seu contrato para trás, em meio à celeuma sobre sua desvinculação da confederação, pelo menos dois outros patrocinadores mostraram seu descontentamento com a cúpula da CBF.
Reclamaram da forma como a Seleção Brasileira tem sido conduzida e de danos de imagem ao escrete canarinho, ridicularizado pelos 7 a 1 do ano passado e pela pífia campanha na Copa América. Fora as suspeitas de ingerência de dirigentes nas convocações e na escalação, já que Ricardo Teixeira, quando presidente (1989 a 2012) teria recebido uma bela quantia em dinheiro para chamar A ou B em determinados torneios.
A história ainda vai render e a CBF, cujo presidente está afastado do cargo desde quinta passada, deve muitas explicações. Trata a Seleção como produto privado, quando deveria ser patrimônio público, já que usa nossas cores, nosso hino, nossa bandeira. E dois patrocinadores reclamaram do seu distanciamento em relação à torcida brasileira, cada vez mais indiferente em relação à Seleção.
O trabalho de Dunga também foi contestado por dois dos parceiros da CBF e a presença de Gilmar Rinaldi, que agenciava jogadores até o ano passado e hoje coordena as seleções, também.
Por enquanto seguem com a confederação Ambev, Chevrolet, EF Englishtown, Gol, Itaú, Mastercard, Michelin, Nike, Sadia, Ultrafarma e Vivo. Mas dois deles reclamando… Se mais alguma empresa seguirá o caminho da Gillette é esperar para ver. Satisfeitos os patrocinadores não estão, embora o barulho não esteja sendo público, mas nos bastidores.