Da Flórida, onde fez delação à Justiça norte-americana no final do ano passado, o empresário J. Hawilla tem pedido para seus familiares se desfazerem de bens que não vai mais usar no Brasil, incluindo um jatinho, automóveis de luxo e obras de arte, que não serão enviadas aos Estados Unidos.
Ele fez um acordo com os norte-americanos e está pagando mais de R$ 500 milhões aos cofres do Tio Sam.
Segundo familiares do empresário, que era muito ligado a Ricardo Teixeira e mandava e desmandava nos negócios da Seleção, ele está muito deprimido e com tornozeleira eletrônica, algo que seus advogados negam.
Mesmo sobre o câncer que teria acometido Hawilla há divergências. Alguns dizem que ele tem se submetido a sessões de quimioterapia, outros dizem que está curado e há uma ala que afirma que a doença foi uma invenção para justificar, inicialmente, seu sumiço do Brasil.
Já tive a oportunidade de fazer um perfil de Hawilla para uma revista e entrevista-lo em mais de uma oportunidade antes de ser pego pelas autoridades norte-americanas e ele sempre se fazia de santo. Um empreendedor do mundo dos esportes que, como se vê, estava envolvido num mar de lama e corrupção. E que levou consigo alguns outros, entre os quais Jose Maria Marin, ex-presidente da CBF, hoje em prisão domiciliar em Nova York.